terça-feira, 28 de novembro de 2006

SERVINDO HOJE PARA GENTE DE HOJE

"Quão formosos sobre os montes são os pés do que anuncia as boas-novas, que proclama a paz, que anuncia coisas boas, que proclama a salvação,
que diz a Sião: O teu Deus reina!"
(Isaías 52:7)
Anunciar o evangelho é a missão de todo cristão. Porém, interessante notar que as épocas, os povos, as regionalidades, os costumes dentre outros
fatores variam demais e por isso, não dá pra haver um padrão na divulgação da Palavra. Até Jesus, quando tratava em parábolas, usava elementos
de conhecimento dos seus ouvintes (Joio, trigo, figueira...). Isso por qual motivo ? Para que, muito além da simples teoria, houvesse um elo que vinculasse o
ensino à vida prática daqueles que recebiam a mensagem e, desta forma, ela pudesse ser entendida e aplicada.
Aliás, recebi hoje uma interessante mensagem que continha a seguinte frase: "Já se perguntou porque você nasceu nesta geração ?"
De fato, por algum motivo, não nascemos na época do profeta Isaías ou do apóstolo Pedro. Por algum motivo, não estamos na África. Por algum motivo, somos homem ou mulher, morando na Rua X, convivendo com tais e tais pessoas, desenvolvendo profissão Y e dom Z.
Isso significa que todo o conjunto de caractarísticas que hoje reunimos vem do "kit-contexto" de nossa existência. Portanto, temos facilidades em nos interessarmos por determinadas coisas em detrimento de outras. Imagine só você perguntando a Davi em sua fase infanto-juvenil o que ele gostava de fazer nas horas livres. Certamente que ele não iria dizer que "curtia jogar playstation", assim como se você perguntasse hoje a um garoto qual é o seu lazer preferido, não iria ouvir dele "brincar de espadas de madeira", costume da Grécia antiga e do Império Romano. Estava lendo hoje também sobre igrejas que causam polêmica por contextualizarem seus hábitos. Algumas promovem, dentre outros eventos, baladas gospel, funk e capoeira, com o objetivo de atrair o interesse dos jovens e assim, propagar o evangelho.
Certo é que não devemos esculhambar. Não é porque o fim é nobre que vamos deixar de tomar cuidado com o meio. Não temos que pregar a qualquer custo, "pagando" o preço de um escandaloso método de divulgação. Afinal, de que isso adiantaria ?? Por outro lado, devemos acordar para a realidade à nossa volta, abrir os olhos e ver que se
não houver uma atualização saudável nas missões realizadas, provavelmente o mundo (que sempre estará em "sintonia" com a humanidade) interessará mais do que discursos complicados e cansativos.
Assim, somos convidados a sermos servos de Deus no hoje, falando em linguagem acessível para gente do nosso tempo aquilo que o Senhor quer para todas as pessoas, em todas as eras: Salvação e vida abundante.

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